sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Insulina - Tópico I (Tipos e tarefas dos profissioais)

Vou falar um pouco sobre a insulina, aquele hormônio produzido pelo pâncreas, mais precisamente nas ilhotas de Langerhans, que tem a função de facilitar a absorção de glicose pelas células, e, desta forma, produzir sua energia para desempenhar suas tarefas - realizar seu metabilismo -, conforme sua especialidade e o que compete ao técnico de enfermagem e enfermeiro.

O que vale chamar a atenção para a insulina é que ela tem algumas peculiaridades. Há vários tipos de insulina:  a NPH e a Regular.
  


A insulina NPH Humana possui uma ação lenta, que tem por objetivo o controle diário e a manutenção da glicemia ao longo do dia. Esta insulina age por um tempo aproximado de 10 a 18 horas, podendo ter grande variação de ação, fazendo-se necessário duas ou mais aplicações para um bom controle glicêmico.

Insulina Normal possui uma ação rápida e curta, isto é, ajuda a baixar picos hiperglicêmicos após as refeições.

Aos Técnicos de Enfermagens e Enfermeiros responsabilizam-se por tarefas distintas no cuidado com diabéticos ou clientes que apresentam hiperglicemia mas não são diabéticos, vejamos:

Técnico de Enfermagem:
1) Verificar os níveis da pressão arterial, peso, altura e circunferência abdominal, em indivíduos da demanda espontânea da unidade de saúde.
2) Orientar as pessoas sobre os fatores de risco cardiovascular, em especial aqueles ligados ao diabetes, como hábitos de vida ligados à alimentação e à atividade física.
3) Agendar consultas e reconsultas médicas e de enfermagem para os casos indicados.
4) Proceder às anotações devidas em ficha clínica.
5) Cuidar dos equipamentos (tensiômetros e glicosímetros) e solicitar sua manutenção, quando necessária.
6) Encaminhar as solicitações de exames complementares para serviços de referência.
7) Controlar o estoque de medicamentos e solicitar reposição, seguindo as orientações do enfermeiro da unidade, no caso de impossibilidade do farmacêutico.
8) Orientar pacientes sobre automonitorização (glicemia capilar) e técnica de aplicação de insulina.
9) Fornecer medicamentos para o paciente em tratamento, quando da impossibilidade do farmacêutico.

Enfermeiro:
1) Desenvolver atividades educativas, por meio de ações individuais e/ou coletivas, de promoção de saúde com todas as pessoas da comunidade; desenvolver atividades educativas individuais ou em grupo com os pacientes diabéticos.
2) Capacitar os auxiliares de enfermagem e os agentes comunitários e supervisionar, de forma permanente, suas atividades.
3) Realizar consulta de enfermagem com pessoas com maior risco para diabetes tipo 2 identificadas pelos agentes comunitários, definindo claramente a presença do risco e encaminhado ao médico da unidade para rastreamento com glicemia de jejum quando necessário.
4) Realizar consulta de enfermagem, abordando fatores de risco, estratificando risco cardiovascular, orientando mudanças no estilo de vida e tratamento não medicamentoso, verficando adesão e possíveis intercorrências ao tratamento, encaminhando o indivíduo ao médico, quando necessário.
5) Estabelecer, junto à equipe, estratégias que possam favorecer a adesão (grupos de pacientes diabéticos).
6) Programar, junto à equipe, estratégias para a educação do paciente.
7) Solicitar, durante a consulta de enfermagem, os exames de rotina definidos comonecessários pelo médico da equipe ou de acordo com protocolos ou normas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal.
8) Orientar pacientes sobre automonitorização (glicemia capilar) e técnica de aplicação de insulina.
9) Repetir a medicação de indivíduos controlados e sem intercorrências.
10) Encaminhar os pacientes portadores de diabetes, seguindo a periodicidade descrita neste manual, de acordo com a especificidade de cada caso (com maior frequência para indivíduos não-aderentes, de difícil controle, portadores de lesões em órgão salvo ou com co-morbidades) para consultas com o médico da equipe.
11) Acrescentar, na consulta de enfermagem, o exame dos membros inferiores para identificação do pé em risco. Realizar, também, cuidados específicos nos pés acometidos e nos pés em risco.
12) Perseguir, de acordo com o plano individualizado de cuidado estabelecido junto ao portador de diabetes, os objetivos e metas do tratamento (estilo de vida saudável, níveis pressóricos, hemoglobina glicada e peso).
13) Organizar junto ao médico, e com a participação de toda a equipe de saúde, a distribuição das tarefas necessárias para o cuidado integral dos pacientes portadores de diabetes.
14) Usar os dados dos cadastros e das consultas de revisão dos pacientes para avaliar a qualidade do cuidado prestado em sua unidade e para planejar ou reformular as ações em saúde.

As tarefas acima descritas podem sofrer alteração de instituição para instituição, mas em geral, serão muito parecidas.

Fonte: 
Caderno de Atenção Básica 16 - Diabetes Mellitus do Ministério da Saúde
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