terça-feira, 18 de agosto de 2015

Procedimento - Venóclise ou Punção Venosa


Venóclise ou Punção

Imagem obtida do Google


O que é?

É o procedimento em que é inserido uma agulha ou cateter na veia ou artéria do paciente para coleta de material ou administração de substâncias.

Para que serve?

Tem o objetivo de ministrar medicamentos pela via endovenosa, isto é, medicações que precisam agir de imediato, pode ser usado para soroterapia, hemoterapia, para coleta de sangue, entre outros que for prescrito.

Quem pode fazer?

A coleta de sangue, em geral, é feita pelos técnicos de laboratório, mas também pode ser feito por enfermeiros e técnicos de enfermagem. A punção para soroterapia é feito pelo técnico de enfermagem e enfermeiro. Quando é necessário puncionar uma artéria, em alguns poucos casos, somente o enfermeiro e/ou médico poderá fazer e noutros quem fará é o médico – somente.

Cuidados



O local puncionado exige acompanhamento constante, sobretudo para evitar flebite (inflamação da veia), que torna o local dolorido e com hematoma. Para se evitar a flebite, deve-se ficar atento aos prazos de utilização do material. O cateter simples, o jelco, pode permanecer, estando o local normal, por até 72 horas. Após esse tempo, deve-se trocar o local. Para os escalpes, o prazo é mais curto, de 24 horas. Sugiro utilizar o escalpe para infusão de medicação de rápida duração, por exemplo, cliente necessita de apenas algumas horas de repouso e soroterapia ou para coleta de sangue.

           Escalpes ou borboleta                                                  cateteres ou jelco

O polifix é conectado ao cateter.



Material necessário
  • Cateter ou escalpe, conforme o tempo de medicação a ser infundida, ficando atento ao calibre a ser utilizado;
  • Pelo menos 4 bolas de algodão;
  • Frasco com álcool a 70%;
  • Adesivos para fixação do cateter ou esparadrapo;
  • Garrote;
  • Luvas de procedimentos.

 Como fazer o procedimento

  • Reúna o material;
  • Lave as mãos conforme a técnica, lembre-se que todo procedimento invasivo existe risco de contaminação. Atenção ao manuseio e descarte dos perfuro-cortantes;
  • Explique ao cliente o que será feito e de sua necessidade e escolha o membro de menor utilização;
  • Deixe o cliente sentado ou deitado, mas é importante que o membro a ser puncionado esteja apoiado;
  • Garrotear o membro para facilitar a vizualização da veia a ser puncionada com cerca de 10 cm de distância do local a ser utilizado e não demorar mais que um minuto;
  • Selecionada a veia, retire o garrote, calce as luvas e faça a antissepsia com algodão e o álcool a 70% conforme protocolo. Alguns lugares são feitos em círculos, noutros do proximal para o distal;
  • Introduzir o cateter em ângulo de 15° até perceber entrada de sangue no compartimento, depois, faça o afrouxamento da agulha metálica deixando o silicone dentro da via e reposicionando nesta, caso necessário, não esquecer de pressionar a veia para a retirada completa da agulha do cateter para a conexão do polifix, pois caso contrário refluirá sangue e fará sujeira;
  • Caso seja feita utilização do escalpe, antes da inserção na veia, recomenda-se pinçar, isto é, dobrar o mais distal da borboleta, para evitar refluxo de sangue e manter pinçado até a conexão do equipo ou seringa. Se o modelo utilizado dispor de tampa rosqueável não será necessário o pinçamento;
  • Faça a devida fixação do cateter e polifix para a conexão do equipo ou medicações ou faça a fixação do escalpe e conexão deste ao equipo, acerte o gotejamento ou ministração de midicação ou coleta de sangue;
  • Não esqueça de datar e assinar e preencher ou anotar as informações no prontuário do cliente e assinar e carimbar.

Deve ser feita a fixação de forma que fique fácil a verificação dos sinais flogísticos* diariamente. Em vários locais será encontrado uma fita adesiva transparente que facilita muito a visualização da punção e qualquer alteração que esteja nela.

Observações: o procedimento em si não é complicado, o complicador são pessoas que possuem muita adiposidade nos membros, possuem uma circulação frágil, idosos e crianças. Os idosos podem apresentar vasos mais rígidos e sensíveis, as crianças apresentam movimentos bruscos e inquietudes. Quando muito pequenas, os vasos são muito sensíveis e podem romper com facilidade.

* Sinais flogísticos: são sinais que denotam alguma inflação, como dor, eritema, edema, calor.
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